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O Uso Responsável de Telas por Crianças e Adolescentes

Tecnologia e Mídia

O aumento do acesso à internet, inclusive dentro das salas de aula, tem levado ao crescente uso de telas por crianças e adolescentes. Um estudo recente do Comitê Gestor da Internet no Brasil constatou que o acesso à rede durante as aulas aumentou significativamente de 82% para 87% entre 2019 e 2020. Embora essa expansão seja vista como positiva em termos de inclusão digital, especialistas advertem para a importância de regular o tempo que os jovens passam conectados.

Além disso, o estudo do Comitê Gestor destacou que crianças e adolescentes usam a internet para uma variedade de propósitos, desde buscar informações sobre alimentação e exercícios físicos até se deparar com conteúdos sensíveis, como orientações sobre maneiras de cometer suicídio. Essa exposição precoce a diferentes assuntos pode ter impactos no desenvolvimento emocional e cognitivo dos jovens.

Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), é fundamental estabelecer limites claros para o tempo de exposição às telas. Recomenda-se que crianças até dois anos não sejam expostas a nenhum tipo de tela, enquanto aquelas entre 2 e 5 anos devem limitar o uso a uma hora por dia, e dos 5 aos 17 anos o limite é de duas horas diárias.

O uso excessivo de telas pode acarretar prejuízos no desenvolvimento cognitivo, motor e emocional das crianças, além de contribuir para o sedentarismo e problemas de sono. A exposição à luz azul emitida por dispositivos eletrônicos pode interferir na produção de melatonina, prejudicando o ciclo de sono-vigília.

Diante desses desafios, é importante que pais e cuidadores estabeleçam limites adequados para o uso de telas, monitorem de perto o conteúdo acessado pelos jovens. Um equilíbrio saudável entre o mundo digital e o mundo real é essencial para o bem-estar e o desenvolvimento integral das crianças e adolescentes.